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O EX FUTURO MINISTRO
Julia Gerchenzon e Pedro Bueno
6 Julho, 2020
Na terça-feira, o ministro cotado
para assumir a pasta da Educação,
Carlos Alberto Decotelli, anunciou
sua demissão antes mesmo de assumir
o cargo. A posse do ex-futuro ministro
já tinha sido adiada após alegações de
fraude no currículo. O professor alegava
ter feito doutorado na Universidade de Rosário, na Argentina, e um pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha. As duas instituições afirmaram que Decotelli não tinha feito nenhuma dessas graduações nas universidades. Cinco dias depois de ser anunciado como ministro da educação, o professor deixou o cargo. O Brasil está sem uma pessoa na pasta da educação desde que Abraham Weintraub foi demitido no dia 18 do mês passado. Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que os focos de incêndios na Floresta Amazônica, relatados no mês de junho, foram os maiores dos últimos 13 anos. Ao todo, foram 2.248 focos no bioma da Amazônia. Desde 2007, o número não passava de dois mil. No dia seguinte, o presidente, Jair Bolsonaro, participou da reunião da cúpula do Mercosul e alegou que a floresta tem uma situação distorcida no exterior. Desde o ano passado, os incêndios na Amazônia tem sido um empecilho para o bloco econômico sul-americano para costurar um acordo econômico com a União Europeia. Os europeus criticam a postura de Bolsonaro com relação à floresta e alegam que fazem questão de todos os tratados comerciais do bloco inserirem cláusulas ambientais, como foi designado no Acordo de Paris sobre o Clima, em 2015. Depois de três meses fechados, bares e restaurantes voltaram a funcionar no Rio de Janeiro, na última quinta-feira. A reabertura desses estabelecimentos causou grande aglomeração na Zona Sul e em outros pontos da cidade maravilhosa. Além disso, as pessoas não estavam respeitando o distanciamento social e nem o uso de máscara. As imagens de bares e ruas lotadas, no Leblon, rodou o mundo.
